Há alguns meses atras essa questão me foi feita e da tentativa de responde-lá, nasceu esse texto.
Antes de pensarmos em o que leva uma pessoa a trocar de religião, vale a pena pensar em quais motivos fazem uma pessoa seguir uma religião. Afinal, que motivações ligam pessoas a crenças religiosas?
Muitas pessoas seguem religiões por tradição familiar, por motivos sociais ou de conveniência, como um rito ao qual se espera que o individuo deva participar para estar inserido na sociedade. Outras buscam nas religiões respostas para questões profundas e para as quais ainda está em aberto uma resposta definitiva: porque nascemos? porque vivemos? porque sofremos? e porque morremos? Quero tratar aqui exclusivamente deste segundo grupo.
Pode-se dizer que todas as religiões tratam destes temas de alguma forma e vão além dos "porquês" e nos indicam os "comos". Em geral, as religiões organizadas utilizam manuais, guias de referencia, tomos sagrados e/ou interpretações mestras destes textos, onde estão definidas, em alguns casos, até as vestimentas para cada gênero ou classe de pessoas ou que tipo de alimentos se deve consumir.
Acredito que nestes dois pontos de abordagem que as religiões fazem, os "porquês" e os "comos" estão as explicações de o porquê as pessoas mudam de religião. Os que mudam de crença ou simplesmente abandonam em função dos "porquês" apresentados pela religião, podem faze-lo por conflito de ideias com as explicações que para elas pareçam mais razoáveis, enquanto os que mudam em função do "como", talvez o façam por motivo de inadequação com seus estilo de vida, ainda que o mais provável é que ocorra um pouco dos dois para uma mudança assim.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Polêmica
Qualquer um que se proponha a resolver um problema, qualquer que seja a sua natureza, precisa estar disposto a observar os diferentes aspectos que fazem parte da questão. Fazer isso implica analisar, pesar, verificar, examinar e re-conjecturar, se preciso, cada uma das hipoteses que se tem sobre a questão. Esse processo pode ser simples ou complexo, de acordo com o problema que estamos lidando e o tipo de escolhas que estamos dispostos a fazer.
Acontece que em diversos ramos importantes da vida humana os problemas que se apresentam estão intimamente ligados a pontos de vista e as soluções adotadas tem implicações importantes na vida das pessoas. Em geral, assuntos realmente relevantes estão cercados de tabus, preconceitos, opositores, defensores, etc... Atores que, muitas vezes, fazem menos por ajudar a resolver o empasse do que fazem por tentar fazer valer sua própria opinião sobre o tema: politica, liberdades individuais, ética médica, religiosidade (ou não), orientação sexual, drogadição. Inumeros são os exemplos e não conheco quem não possua opiniões sobre esses e outros temas, nos mais diversos sentidos.
Hoje a noite, assistindo um dos blocos do debate dos candidatos ao governo do estado, no qual faziam perguntas sobre saúde, surgiram questões sobre as drogas, questões sobre politicas públicas referentes aos usuários de drogas, apoio ao dependente para desintoxicação, etc. Porém, é fato que esse tipo de questão está no meio de uma nuvem de opiniões divergentes dos diversos setores da sociedade, muitas dessas opiniões sem qualquer conhecimento técnico da matéria, setores esses que votam nessas pessoas, fato que molda os discursos e as propostas desses canditados e de certa forma os amordaça ou aprisiona em determinados pontos de vista.
Grande parte da sociedade é conservadora em relação aos problemas relacionados as drogas. Seus efeitos, seu "público", os problemas que causam direta e indiretamente. A maior parte da informação que recebem vem diretamente dos meios de comunicação de massa através de noticias, quase sempre ligadas crimes de roubo, assassinato, corrupção, doença, tragédia! Palavras bem fortes, bem reais, bem concretas... (quase) inquestionáveis. Porém, o assunto não é problematizado. É como se fosse uma guerra, onde não cabem aos soldados (população) discutir estratégia com seus superiores (empresarios, emprensa, elite politica, igreja(s)). Você TEM que aceitar a versão oficial. É burrice pensar que pode ser diferente. Que a causa da mazela pode ser outra. Você tem que conversar com os seus filhos, evitar as más companhias, evitar que eles vão a raves, danceterias, shows de rock, reggea, etc.
Porém, apesar disto, pessoas que não devem assistir aos mesmos noticiarios tem posturas muito diferentes sobre algumas destas drogas ilicitas. Médicos fazem pesquisas sobre possiveis efeitos medicinais de diversas drogas, como o LSD e a maconha. Receitam a seus pacientes o uso terapeutico da cannabis para fins de redução de stress, aumento do apetite, etc. Recebi um email há poucos dias com um editorial publicado na Zero Hora do dia 01/08/2010, por Marcos Rolim (marcos@rolim.com.br), onde era citada uma pesquisa com jovens dependentes de crack onde, ao longo do tratamento eles usaram maconha, em lugar de crack, e os resultados indicados na pesquisa são fabulosos: 68% dos dependentes trocaram o crack pela maconha e destes, depois de três anos, todos haviam parado com a maconha também.
Não estou aqui advogando contra ou a favor, mas propondo algumas reflexões:
Acontece que em diversos ramos importantes da vida humana os problemas que se apresentam estão intimamente ligados a pontos de vista e as soluções adotadas tem implicações importantes na vida das pessoas. Em geral, assuntos realmente relevantes estão cercados de tabus, preconceitos, opositores, defensores, etc... Atores que, muitas vezes, fazem menos por ajudar a resolver o empasse do que fazem por tentar fazer valer sua própria opinião sobre o tema: politica, liberdades individuais, ética médica, religiosidade (ou não), orientação sexual, drogadição. Inumeros são os exemplos e não conheco quem não possua opiniões sobre esses e outros temas, nos mais diversos sentidos.
Hoje a noite, assistindo um dos blocos do debate dos candidatos ao governo do estado, no qual faziam perguntas sobre saúde, surgiram questões sobre as drogas, questões sobre politicas públicas referentes aos usuários de drogas, apoio ao dependente para desintoxicação, etc. Porém, é fato que esse tipo de questão está no meio de uma nuvem de opiniões divergentes dos diversos setores da sociedade, muitas dessas opiniões sem qualquer conhecimento técnico da matéria, setores esses que votam nessas pessoas, fato que molda os discursos e as propostas desses canditados e de certa forma os amordaça ou aprisiona em determinados pontos de vista.
Grande parte da sociedade é conservadora em relação aos problemas relacionados as drogas. Seus efeitos, seu "público", os problemas que causam direta e indiretamente. A maior parte da informação que recebem vem diretamente dos meios de comunicação de massa através de noticias, quase sempre ligadas crimes de roubo, assassinato, corrupção, doença, tragédia! Palavras bem fortes, bem reais, bem concretas... (quase) inquestionáveis. Porém, o assunto não é problematizado. É como se fosse uma guerra, onde não cabem aos soldados (população) discutir estratégia com seus superiores (empresarios, emprensa, elite politica, igreja(s)). Você TEM que aceitar a versão oficial. É burrice pensar que pode ser diferente. Que a causa da mazela pode ser outra. Você tem que conversar com os seus filhos, evitar as más companhias, evitar que eles vão a raves, danceterias, shows de rock, reggea, etc.
Porém, apesar disto, pessoas que não devem assistir aos mesmos noticiarios tem posturas muito diferentes sobre algumas destas drogas ilicitas. Médicos fazem pesquisas sobre possiveis efeitos medicinais de diversas drogas, como o LSD e a maconha. Receitam a seus pacientes o uso terapeutico da cannabis para fins de redução de stress, aumento do apetite, etc. Recebi um email há poucos dias com um editorial publicado na Zero Hora do dia 01/08/2010, por Marcos Rolim (marcos@rolim.com.br), onde era citada uma pesquisa com jovens dependentes de crack onde, ao longo do tratamento eles usaram maconha, em lugar de crack, e os resultados indicados na pesquisa são fabulosos: 68% dos dependentes trocaram o crack pela maconha e destes, depois de três anos, todos haviam parado com a maconha também.
Não estou aqui advogando contra ou a favor, mas propondo algumas reflexões:
- Será que as políticas públicas anti-drogas que temos estão certas?
- Se estão, por que parecem não estar funcionando?
- Será que todas as drogas são igualmente nocivas?
- Será que alguém que usa drogas é ou está a caminho de ser um marginal, invariavelmente?
- Ou será que, regulamentadas e devidamente analisadas do ponto de vista técnico e médico, preferências como usar maconha não podem ser apenas parte do gosto pessoal de alguém, como quem gosta de beber vinho acompanhando um bom prato de macarrão, ou quem gosta de apreciar charutos ou martini ao fim da tarde?
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terça-feira, 10 de agosto de 2010
Eu acredito...
... acredito que a arte deve ser feita de forma inspiradora e desaquetada.. Que se deve fugir do conforto psicológico e mudar as coisas que já estavam postas como absolutas, sempre que isso for possivel e quando não for, deve-se tornar isso possivel.
... acredito que viver uma vida simples é bom. que se deve apreciar os dias como eles vem.. as ondas, como nos batem.. as marés, como nos levam.. as ventos, como nos sopram.. e os amores como nos fazem viver..
... acredito que se vive rápido demais e que seria melhor darmos uma parada na rotina para ver o extraordinario absurdo de existir..
... acredito que bom humor é fundamental, mas que o palhaço sempre chora sozinho..
... acredito que compartilhar coisas simples nos aproxima uns dos outros e o que o valor do que se ganha em relação ao que se dá é inversamente proporcional ao interesse que se tem no usufruto que se pode fazer da contrapartida..
... acredito que vou conseguir escrever a proxima coisa que eu acredito, antes da terceira tentativa de re-fazer a frase..
... acredito que ser otimista realmente muda a probabilidade das coisas darem certo..
... acredito que vocês previsam ver o documentário da BBC de Londres, A Vida Secreta do Caos.. vale a pena!!
... acredito que viver uma vida simples é bom. que se deve apreciar os dias como eles vem.. as ondas, como nos batem.. as marés, como nos levam.. as ventos, como nos sopram.. e os amores como nos fazem viver..
... acredito que se vive rápido demais e que seria melhor darmos uma parada na rotina para ver o extraordinario absurdo de existir..
... acredito que bom humor é fundamental, mas que o palhaço sempre chora sozinho..
... acredito que compartilhar coisas simples nos aproxima uns dos outros e o que o valor do que se ganha em relação ao que se dá é inversamente proporcional ao interesse que se tem no usufruto que se pode fazer da contrapartida..
... acredito que vou conseguir escrever a proxima coisa que eu acredito, antes da terceira tentativa de re-fazer a frase..
... acredito que ser otimista realmente muda a probabilidade das coisas darem certo..
... acredito que vocês previsam ver o documentário da BBC de Londres, A Vida Secreta do Caos.. vale a pena!!
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Um ano depois...
É.. um ano passou sem que eu escrevesse nada aqui.. vou tentar não fazer mais isso..
Vi muitos filmes, toquei várias músicas, li alguns livros e dei muitos beijos *.*... sim, um ano passado do post anterior e eu hoje tenho uma namorada.. veja como são as coisas...
Entre os filmes que vi, os que recomendo de lembrança (pois já faz algum tempo que vi) são: Juno, Shrek para sempre, Chocolate. Também estou assistindo Supernatural. Não é filme, e sim seriado, mas nao queria criar um paragrafo novo só pra eles. Tem outros.. mas nao vou lembrar dos nomes agora.
Eu disse que tinha uns livros, né? Pois então. Li o Pequeno Principe, (finalmente) Dom Casmurro e também o Memorial Aires, ambos de Machado de Assis, e são bem bons.
Te amo, Nati!!
Vi muitos filmes, toquei várias músicas, li alguns livros e dei muitos beijos *.*... sim, um ano passado do post anterior e eu hoje tenho uma namorada.. veja como são as coisas...
Entre os filmes que vi, os que recomendo de lembrança (pois já faz algum tempo que vi) são: Juno, Shrek para sempre, Chocolate. Também estou assistindo Supernatural. Não é filme, e sim seriado, mas nao queria criar um paragrafo novo só pra eles. Tem outros.. mas nao vou lembrar dos nomes agora.
- Juno é sobre uma adolescente não-convencional que engravida no dia que perde a virgindade (a trilha sonora vale o filme, e o filme nao é mau).
- Shrek para sempre foi uma surpresa pra mim.. eu achei que ia ser meia boca que nem o Shrek terceiro, mas nao, a trama é interessante e pessoas com relacionamentos se identificam, quaisquer que seja a natureza desse relacionamento. Vale a pena, acreditem.
- Chocolate é um romance sobre uma mulher que tem uma chocolataria e que gosta de intervir na vida das outras pessoas pra ajuda-las a enfrentar suas próprias vidas de forma mais otimista, enquanto ela mesma não faz isso, digamos assim. Filme com o Johnny Depp.
- Supernatural é a história de dois irmãos que caçam criaturas sobrenaturais, viajando num Opala preto, 73 ou 67, de uma ponta a outra dos Estados Unidos (é claro). Ao longo dessas caçadas eles se deparam com diversas pessoas (que em geral são mulheres gostosas) que são só coadjuvantes desses que morrem as pilhas nos filmes. Na verdade, a cada episódio morrem dois ou três desses coajuvantes. Por temporada temos 22 episódios, entao sao umas 60 mortes por temporada. É.. se realmente acontecessem esses casos da forma como aparece na série, o mundo estaria salvo da risco da superpopulação, a população americana ia ser composta por um terço de pessoas com poderes psiquicos, um terço de caçadores e o restante de mulheres gostosas, isso quando nao fossesm gostosas caçadoras com poderes psiquicos.. Mas é uma série legal, bem engraçada. Tenho baixado os episódios no site Baixe de Tudo.
Eu disse que tinha uns livros, né? Pois então. Li o Pequeno Principe, (finalmente) Dom Casmurro e também o Memorial Aires, ambos de Machado de Assis, e são bem bons.
- Pequeno Principe é o livro que tem que ser lido por todo... compre, dê de presente, peça no amigo secreto! Leia sempre que esquecer a beleza das pequenas coisas, sempre que se acostumar a ver apenas o óbvio, sempre que esquecer o sabor de ouvir o vento batendo no trigo. Se isso não te fizer ficar interessado em lê-lo, apaixone-se por alguém, por algo ou por si mesmo.. e então, leia!
- Dom Casmurro é um clássico da literatura. A narrativa da vida de Bentinho, seu amor, suas desventuras e seu sarcasmo. Recomendo a leitura.. falaria mais se o tivesse lido a menos tempo. Leiam e me digam se eu nao tenho razão.
- Memorial Aires é outro livro clássico do Machado. Um velho diplomata viuvo aposenta-se e volta para sua terra natal, o Rio de Janeiro, para passar o fim da vida. Sem ter mais o que fazer, decide-se por escrever um diário, onde conta.. enfim.. várias coisas, mas debruça-se mais detalhadamente sobre sua convivência com os Aguiar, família com a qual tem amizade e que cada vez abre mais as portas da sua vida para o conselheiro Aires.
Te amo, Nati!!
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